Resenha: Poseidon, de Anna Banks


Título: Poseidon
Autor (a): Anna Banks
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
ISBN: 
9788581633152
Classificação: 



Além da beleza fora do comum, com seu cabelo quase branco e seus olhos cor de violeta, Emma chama a atenção por ser um pouco desajeitada.
 Ela não se sente muito à vontade em lugar nenhum... e não sabe que sua misteriosa origem é a fonte dessa sensação.
 Galen, príncipe dos Syrenas, vasculha a terra procurando uma garota especial, capaz de se comunicar com os peixes - e que poderá salvar seu reino. Quando ele se encontra com Emma, a conexão é imediata: embora não saiba, Emma parece ter o dom que Galen procura.
 Mas, então, por que ela não conseguiu salvar sua melhor amiga do ataque do tubarão?
 Cabe ao príncipe convencer a teimosa Emma a enfrentar sua real natureza e aceitar o desafio. E nada pode impedi-lo de alcançar seu objetivo.


O livro começa quando a nossa protagonista, Emma, que está em uma viagem de férias com a melhor amiga, na Flórida, esbarra em Galen na rua. Ele é um Syrena (que é uma espécie de seres, que, aos olhos humanos, são "sereias e tritões"), e ao ver os olhos de Emma, que têm a cor dos olhos dos da sua espécie, ele tem certeza que ela é uma também. Mas a garota não possui os cabelos negros e pele morena característicos dos Syrenas. 

Pouco tempo depois do esbarrão, Emma e a amiga, Chloe, resolvem entrar no mar, mas elas são atacadas por um tubarão, e a segunda garota acaba morrendo. Intrigado sobre o porquê de Emma não usar sua força de Syrena para afugentar o tubarão, o garoto, então, resolve segui-la e se matricula na mesma escola em que ela estuda. A partir daí começa o desenrolar da história e a descoberta de que a protagonista talvez tenha o dom que pode salvar a raça de Galen da extinção.

A escrita de Banks é cansativa um pouco bagunçada. Durante a narrativa a autora esquece diversas vezes de descrever os detalhes da situação, deixando o leitor incerto sobre o que está acontecendo. Além disso, o livro é dividido em dois pontos de vista e o método de narração alterna entre eles: os capítulos de Emma estão escritos em primeira pessoa; e os de Galen em terceira. Esse método acaba por confundir ainda mais o leitor.

O romance é completamente cliché, daqueles amor-incondicional-e-eterno à primeira vista, o que nem sempre agrada, porém há alguns momentos de apelidos/brincadeiras/respostas irônicas que fazem com que o romance dos dois não seja um total desperdício de tempo. Mas ainda assim, a dependência do casal, principalmente do Galen em relação à Emma, chega a ser um tanto intimidadora em certas partes do livro.
O ponto alto do livro foi definitivamente a comédia. Mesmo sendo uma história um tanto melosa, os personagens, principalmente os secundários, conseguem fazer qualquer um rir, deixando a leitura bem mais leve e aproveitável.

Finalmente, mesmo que o livro enrole muito, os acontecimentos e reviravoltas dos últimos capítulos fazem com que o leitor queira ter logo em mãos a sequência, Of Triton (ainda sem título no Brasil).

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