Resenha: A menina que roubava livros, de Markus Zusak



Título: A menina que roubava livros
Autor (a): Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Páginas: 499 
ISBN: 9788598078175
Classificação: 



Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em A Menina que Roubava Livros. Desde o início da vida de Liesel, na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência.
Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, O Manual do Coveiro. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes.  


O livro é escrito no ponto de vista da Morte e fala sobre uma garota chamada Liesel Meminger. Pouco depois de ver seu irmão morrer, ela teve de deixar sua mãe e se mudar para a casa de Hans e Rosa Hubermann, na Rua Himmel, numa área pobre de Molching. O que eles não sabiam é que a garota escondia um livro, O manual do coveiro. O primeiro dentre vários livros furtados pela menina que roubava livros.

Essa é a primeira obra que eu leio do Markus Zusak, mas, depois de ler e saborear as palavras e situações escritas por ele, espero sinceramente que não seja a última. O livro é incrivelmente bem escrito, as palavras passam emoção (nós suspiramos, rimos e choramos nos momentos certos), e desde a primeiríssima página, podemos perceber que essa é muito mais do que apenas uma história sobre a Segunda Guerra Mundial.

A menina que roubava livros não é único apenas pela história deslumbrante; o livro possui singularidades encantadoras, como por exemplo, ser escrito pelo ponto de vista da morte e por não seguir uma linha temporal usual.
O ser humano não tem um coração como o meu. O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um círculo, e tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo na hora certa. A consequência disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiúra e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser as duas. Mas eles têm uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos têm o bom senso de morrer.
O melhor de tudo, porém, é a inocência vinculada com a dor e culpabilidade de uma guerra, seus guerreiros e daqueles que simplesmente foram atingidos pelos estilhaços. Outro fator interessante é que nós podemos ver o ponto de vista de uma garotinha alemã que teve sua vida fortemente abalada pela guerra, mas também podemos ver o lado do garotinho alemão que sonha em beijar a melhor amiga, mas que também percebe o mundo desmoronando ao som das bombas lançadas à Alemanha, vemos também o lado do judeu que perdeu tudo, e mais importante, vemos o lado da Morte. E ver os acontecimentos do livro por perspectivas diferentes é no mínimo encantador, porque podemos, então, entender melhor a situação.


Enfim, uma dica: se você ainda não leu A menina que roubava livros, pare tudo o que estiver fazendo, corra para a livraria mais próxima e compre a primeira cópia que vir pela frente, porque vale a pena ler esse livro.

OBS: pra quem não sabe, o a adaptação cinematográfica lança dia 17 de janeiro em cinemas brasileiros! Clique aqui para ver o trailer.

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