Autor (a): Stephen Chbosky
Editora: Rocco
Páginas: 224
ISBN: 9788532522337
Classificação: (favorito)
Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário. Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo.
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Infinito. Não
poderia escolher palavra melhor para descrever o livro. Sabe quando você
termina de ler o livro e não consegue tirá-lo da cabeça? Dias se passam e você
ainda sente-se parte do livro ou que o livro ainda faz parte de você.
Em As Vantagens de ser Invisível conhecemos
Charlie, um ingênuo garoto que acabou de entrar no ensino médio. Muitos são os
desafios que ele tem de enfrentar, tais como o suicídio de seu melhor amigo, a
morte da sua tia e até mesmo sua própria doença mental.
Então, essa é a minha vida. E quero que você saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo, e ainda estou tentando entender como posso ser assim.
O livro é feito por cartas.
Cartas escritas pelo próprio Charlie, endereçadas ao seu “Querido amigo”. Por
meio delas o garoto narra sua vida ao seu destinatário, sem nunca revelar sua
verdadeira identidade. E são exatamente essas cartas que fazem com que nos
apaixonemos pelo protagonista, o modo como ele vê o mundo, sua ingenuidade e
sua sinceridade.
Com uma sinceridade e lógica um
pouco complexa, o garoto conta minúcias de seu dia-a-dia, suas lembranças e
seus medos com intensidade. Aos seus olhos, que filtram o mundo de um jeito
particular, somos apresentados a sua rotina, a sua família e as pessoas que o
rodeiam.
Charlie apenas sobrevivia dia
após dia. Mas sua vida muda radicalmente quando três pessoas entram nela: Bill
– seu professor -, Sam e Pratick. A partir daí ele começa a viver experiências
inesquecíveis, lê livros extraordinários, e passa a ser ator e não espectador
da sua própria vida. Charlie começa a sentir-se infinito.Bill assumiu uma expressão séria depois que contei a ele, e disse uma coisa para mim que não acho que vou esquecer nem neste semestre nem nunca. "Charlie, a gente aceita o amor que acha merecer."
Enquanto Bill apresenta livros
fantásticos, incentivando-o a descobrir novos mundos nas páginas, mas sem
deixar de participar da vida, Charlie encontra na amizade e nos sentimentos que
nutre por Sam e Patrick o motor para uma transformação interna, o que o faz ganhar
mais segurança e novas experiências.
A leitura é gostosa e fácil. É
o tipo de obra que você dá nada a ela no início do enredo mas que aos poucos
começa a te envolver de uma forma indescritível e sensacional, você
simplesmente se encanta pelo livro. Acho que somos quem somos por várias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde iremos a partir daqui.
O autor Stephen Chbosky
conseguiu explorar temas como; homossexualidade, aborto, drogas e sexo de uma
forma leve e até mesmo comovente. Stephen nos envolve tanto na história que
acabamos, por fim, sendo o destinatário das cartas de Charlie.
As vantagens de ser invisível
não é um livro que agradará a todos, mas leia e talvez – assim como eu – você
se sinta parte dele, e acredite, esta sensação é o bastante para fazer nos
sentirmos infinitos...
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