Autor (a): Antonio Prata
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 140
ISBN: 9788535923513
Classificação:
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Em Nu, de botas, Antonio Prata revisita as passagens mais marcantes de sua infância. As memórias são iluminações sobre os primeiros anos de vida do autor, narradas com a precisão e o humor a que seus milhares de leitores já se habituaram na Folha de S.Paulo, jornal em que Prata escreve semanalmente desde 2010.Aos 36 anos, Prata é o cronista de maior destaque de sua geração e um dos maiores do país. São de sua lavra alguns bordões que já se tornaram populares - como “meio intelectual, meio de esquerda”, título de seu livro anterior e de um seus textos mais célebres -, bem como algumas das passagens mais bem-humoradas da novela global Avenida Brasil, em que atuou como colaborador de João Emanuel Carneiro. Prata também é um dos integrantes da edição Os melhores jovens escritores brasileiros, da revista inglesa Granta. As primeiras lembranças no quintal de casa, os amigos da vila, as férias na praia, o divórcio dos pais, o cometa Halley, Bozo e os desenhos animados da tevê, a primeira paixão, o sexo descoberto nas revistas pornográficas - toda a educação sentimental de um paulistano de classe média nascido nos anos 1970 aparece em Nu, de botas. O que chama a atenção, contudo, é a peculiaridade do olhar. Os textos não são memórias do adulto que olha para trás e revê sua trajetória com nostalgia ou distanciamento. Ao contrário, o autor retrocede ao ponto de vista da criança, que se espanta com o mundo e a ele confere um sentido muito particular - cômico, misterioso, lírico, encantado.
Nu, de botas é o livro escrito
por Antonio Prata – colunista do jornal Folha de São Paulo - no qual o autor
resgata as suas memórias da infância com a experiência de um adulto e o olhar
de uma criança.
A obra é um apanhado de cônicas
do autor, com um tema específico: sua infância. Antonio escreve em prosa –
porém beirando a poesia- as suas lembranças antigas em seu estilo engraçado e
despojado. Temos crônicas sobre sua luta em usar cuecas, a chegada da
irmãzinha, suas desventuras com os amigos da vizinhança na rua, a experiência no
colegial, seu primeiro amor e diversas outras coisas. Ao ler a obra é
impossível o leitor não se identificar com pelo menos uma crônica (principalmente
a que descreve a luta do autor para ir ao colégio – afinal, quem nunca fingiu
estar doente só para ter mais algumas horas de sono?).
A leitura do livro flui de uma
maneira quase imperceptível: são 140 páginas, com capítulos curtos e gostosos
de ler. É agradável, divertido e muito engraçado – quase impossível você não
rir enquanto lê.
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