Resenha: Rangers - Ordem dos Arqueiros - Ruínas de Gorlan, de John Flanagan

Rangers: Ordem dos ArqueirosTítulo: Rangers - Ordem dos Arqueiros - Ruínas de Gorlan
Autor (a): John Flanagan
Editora: Fundamento
Páginas: 240
ISBN: 9788539509836
Classificação: 


Durante a vida inteira, o pequeno e frágil Will sonhou em ser um forte e bravo guerreiro, como o pai, que ele nunca conheceu. Por isso, ficou arrasado quando não conseguiu entrar para a Escola de Guerra. A partir daí, sua vida tomou um rumo inesperado: Ele se tornou o aprendiz de Halt, o misterioso arqueiro, que muitos acreditam ter habilidades que só podem ser resultado de alguma feitiçaria. Relutante, Will aprendeu a usar as armas secretas dos arqueiros: o arco, a flecha, uma capa manchada e... um pequeno pônei muito teimoso. Podem não ser a espada e o cavalo que ele desejava, mas foi com eles que Will e Halt partiram em uma perigosa missão: impedir o assassinato do rei. Essa será uma viagem de descobertas e aventuras fantásticas, na qual Will aprenderá que as armas dos arqueiros são muito mais valiosas do que ele imaginava.

Ruínas de Gorlan é o primeiro livro da série “Rangers: Ordem dos Arqueiros”, do escritor australiano John Flanagan – série composta por 12 volumes. A série, elogiada por vários críticos, mostra-se ser uma ótima aventura, a qual por meio de acertos e tropeços consegue ser uma leitura leve e despretensiosa, além de entreter o leitor durante a narrativa.

No início do livro somos apresentados ao pequeno Will, o qual sonhou em ser um forte e bravo guerreiro, como o pai que ele nunca conheceu. Recém nascido, foi deixado em um cesto na escada do castelo do Barão Arald – o qual há tempos cultivava o costume de acolher órfãos de seus súditos. Além de Will, os outros protegidos são: a garota linda e delicada Aliss; a alegre e talentosa cozinheira Jenny; o valentão Horace e o sábio George. Todos, incluindo Will, irão participar do Dia da Escolha, dia no qual os protegidos poderão ser escolhidos para um ofício no feudo.

Porém, para a tristeza de Will, o mestre da escola de Guerra não o aceita como aprendiz, isso  por ser um menino franzino. Entretanto, Halt – o arqueiro misterioso do reino – tem interesse no menino e é assim que, meio a contragosto, Will começa seu treinamento como aprendiz de arqueiro. O leitor logo se admira com o Halt, o velho arqueiro é o melhor que todos os demais arqueiros do reino, além de ser muito inteligente, sagaz e justo.

Nesta trama, o Reino de Araluen está prestes a entrar em um novo conflito com Morgarath – antigo senhor do Feudo de Gorlan, o qual há 15 anos tentou usurpar o trono do rei Duncan, porém foi derrotado pelas tropas de guerreiros do reino e a ajuda especial de um arqueiro. E é a partir dessa guerra eminente que o Will já enfrenta a sua primeira missão e, ao lado de Halt, passa por aventuras de tirar o folego.

A escrita do livro flui muito bem, apesar de se passar em uma época medieval, não é nada complicada - justamente pelo fato de ser uma leitura infanto-juvenil. A história é contada por um narrador observador o qual divide-se entre as rotinas de Will e de outros personagens. Porém, algo que me incomodou um pouco foi o fato de o enredo ser um pouco previsível em algumas partes do livro, além de os diálogos soarem um pouco superficiais. O autor até tenta introduzir um pequeno romance na narrativa, mas esse mostra-se raso e não agregando em nada no desenvolvimento dos personagens. Toda via, um fator que achei bem interessante foi a abordagem, de forma bem intensa, do tema do “bullying” na narrativa.

Por fim, Ruínas de Gorlan nos leva a uma aventura maravilhosa e leve, que em determinados momentos consegue nos mostrar o valor da amizade e do crescimento pessoal. Um começo bom para uma série que promete ser bastante intensa nos próximos livros. 

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