Resenha: A garota que você deixou para trás, de Jojo Moyes

A Garota Que Você Deixou Para TrásTítulo: A garota que você deixou para trás
Autor (a): Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 384
ISBN: 9788580574715

Classificação: 


Durante a Primeira Guerra Mundial, o jovem pintor francês Édouard Lefèvre é obrigado a se separar de sua esposa, Sophie, para lutar no front. Vivendo com os irmãos e os sobrinhos em sua pequena cidade natal, agora ocupada pelos soldados alemães, Sophie apega-se às lembranças do marido admirando um retrato seu pintado por Édouard. Quando o quadro chama a atenção do novo comandante alemão, Sophie arrisca tudo — a família, a reputação e a vida — na esperança de rever Édouard, agora prisioneiro de guerra. Quase um século depois, na Londres dos anos 2000, a jovem viúva Liv Halston mora sozinha numa moderna casa com paredes de vidro. Ocupando lugar de destaque, um retrato de uma bela jovem, presente do seu marido pouco antes de sua morte prematura, a mantém ligada ao passado. Quando Liv finalmente parece disposta a voltar à vida, um encontro inesperado vai revelar o verdadeiro valor daquela pintura e sua tumultuada trajetória. Ao mergulhar na história da garota do quadro, Liv vê, mais uma vez, sua própria vida virar de cabeça para baixo. Tecido com habilidade, A garota que você deixou para trás alterna momentos tristes e alegres, sem descuidar dos meandros das grandes histórias de amor e da delicadeza dos finais felizes.

Jojo Moyes, mais uma vez, me encantou com o livro “A garota que você deixou para trás”. Com delicadeza, sensibilidade e escrita suave, a autora sabe levar o leitor por entre as páginas de seus livros.

Quando as tropas alemãs invadiram St. Perónne, um pequeno vilarejo francês, conhecemos Sophie Lefèvre, uma mulher de muita fibra e com um coração enorme. Sophie mudou-se de Paris para St. Perónne para fazer companhia aos seus irmãos Helène e Aurélien desde que seu marido Édouard foi enviado para a guerra.

Dia após dia, Sophie é obrigada a enfrenar a miséria, a fome e o friom vivendo uma vida de puro horror e de medo, principalmente de nunca mais tornar a ver seu marido. A única coisa que lhe transporta esperanças é o seu auto-retrato, pintado por Édouard. Mas o quadro não fascinava somente a si. A pintura,  A garota que você deixou para trás, atraiu os olhares de cobiça do novo Kommandant do vilarejo, um homem diferente dos demais militares, que passou a tratar Sophie com certa cordialidade. Durante um momento de grande pânico, Sophie viu nessa relação uma possibilidade de trazer seu marido de volta para casa, por meio de um trato que poderia custar a sua vida e a de sua família.

Quase 100 anos depois, em Londres, conhecemos Liv Halston, uma mulher que ainda está tentando se recuperar da morte do marido que aconteceu, de repente, há alguns anos. Com a lembrança dele vívida em cada canto da casa de vidro, projetada e construída por ele, umas das melhores lembranças é um quadro que ela ganhou dele na lua de mel. No quadro, uma mulher ruiva e cheia de confiança, numa imagem repleta de cores, é retratada. Sem assinatura, a única coisa que o identifica é a frase escrita no verso: “A garota que você deixou para trás”. E só quando Liv é surpreendida com fatos relacionados ao quadro é que ela resolve pesquisar a história por trás daquela enigmática mulher que ela admira há quase dez anos.

Com muitas reviravoltas, mistérios e surpresas, A garota que você deixou para trás é uma leitura muito boa. Toda a primeira parte, narrada em primeira pessoa por Sophie, nos envolve e contagia de tal forma que torna-se difícil largar. A segunda parte, quando Liv aparece, é narrada em terceira pessoa e, apesar de apresentar ótimos personagens, demora um pouco para a narrativa nos atrair. Apesar disso, quando as duas histórias se cruzam e intercalam, como a autora faz em “A Última carta de amor”, o livro fica realmente impossível de largar.
Mais do que entender o que aconteceu com o quadro, queremos e precisamos entender as pessoas por trás dele. E é aos poucos, em um tribunal, que o quebra-cabeças começa a ser completado de uma forma emocionante e surpreendente.

Com muita emoção, delicadeza e habilidade, Jojo Moyes constrói, mais uma vez, uma história interessante e completamente envolvente. Se você já leu outro livro da autora e gostou, não pode deixar de ler esse! 

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