Resenha: Liberta-me, de Tahereh Mafi


Liberta-me


Título: Liberta-me
Autor (a): Tahereh Mafi
Editora: Novo Conceito
Páginas: 448
ISBN: 9788581632353
Classificação: 




Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette.
 
 Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor.

Liberta-me é um livro recheado de romance, ação e conflitos psicológicos que fazem com que o leitor não queira largar o livro até ter terminado de devorar suas páginas.O segundo livro da trilogia escrita por Tahereh Mafi, consegue ser bem melhor que o primeiro, pelo fato de seus personagens não só estarem mais maduros, mas por serem mostrados de forma bem mais complexa e integral do que no volume anterior, pela história ser envolta de situações mais inesperadas, e pela presença de novos personagens no mínimo interessantes.


Em Liberta-me,  é mostrado o endurecimento da postura da nossa protagonista, e o ganho de uma certa confiança própria, junto a um certo distanciamento o do seu relacionamento praticamente codependente com Adam, além dela aprender a diferenciar seus problemas emocionais com os problemas "da vida real". 

Tahereh constroi muito bem todos os seus personagens, de forma que, sendo protagonista ou coadjuvante, tal personagem tem uma história de fundo bem arquitetada e que combine com sua personalidade

A leitura consegue ser incrivelmente rápida e, ainda assim, não deixa de ser ampla. No entanto, a escrita da autora continua tão poética como em Estilhaça-me, o que, em alguns poucos momentos, chega a ser um pouco irritante, já de vez em quando a autora foca demais nos devaneios da Juliette e esquece de botar alguma ação na cena.

É possível perceber certo amadurecimento na escrita da autora, na forma como ela narra os acontecimentos e molda os personagens. Liberta-me é, por fim, um livro incrível de se ler, que deixa um gostinho de quero mais em suas páginas e uma ansiedade imensa para o terceiro e último livro da série

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