Resenha: Convergente, de Veronica Roth



Título: Convergente
Autor (a): Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: 528
ISBN: 9788579801860
Classificação: 




A sociedade baseada em facções, na qual Tris Prior acreditara um dia, desmoronou – destruída pela violência e por disputas de poder, marcada pela perda e pela traição. Em Convergente, o poderoso desfecho da trilogia de Veronica Roth iniciada com Divergente e Insurgente, a jovem será posta diante de novos desafios e mais uma vez obrigada a fazer escolhas que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor.

O livro é o último da trilogia Divergente, que conta a história de Beatrice - Tris - Prior, na Chicago futurista. A cidade é dividida em cinco facções (Abnegação, Amizade, Franqueza, Erudição e Audácia), mas existem os divergentes, que são, basicamente, pessoas que se encaixam em mais de uma facção, e Tris é uma dessas pessoas. O grande problema é que ser divergente pode ser algo extremamente perigoso nessa sociedade.

Convergente foi um tanto diferente de Divergente e Insurgente, principalmente por ser dividido em dois pontos de vista - da Tris e do Quatro. Mas parece que a Veronica Roth não trabalha muito bem com mudanças, por que, para mim, ler esse livro foi uma experiência desapontadora. O livro é escrito de forma confusa, a leitura foi cansativa e em boa parte da história eu estava basicamente lendo pra terminar logo e ler algo mais interessante. Mas a pior parte foram as mudanças de ponto de vista. A forma como Roth escreveu os POVs* do Quatro era tão parecida com a forma que ela escreveu os da Tris que muitas vezes eu tinha que me esforçar para me lembrar sobre quem eu estava lendo.

O livro é, simplesmente, confuso. Ao contrário dos dois primeiros, que nos era mostrado um objetivo claro, uma linha de pensamento ininterrupta, em Convergente são dadas muitas voltas na história e nos são apresentadas muitas explicações e mostrados novos personagens de forma tão rápida e inesperada, que, mesmo sendo interessantes, eram sem nexo se levada em consideração o resto da série.

O livro, no entanto, tem alguns pontos positivos: a história do Tobias, que mesmo sendo um pouco desnecessária para a trama, era interessante de se ler; também nos foi apresentado alguns personagens novos  e nós podemos conhecer melhor personagens mais antigos... O problema é que os pontos positivos simplesmente não compensam os negativos.

Eu diria que ainda vale a pena ler a série, visto que os dois primeiros livros são incríveis. Mas é uma pena que uma trilogia com tanto potencial tenha terminado de tal forma.



*POVs = Sigla para Point Of View, que, em português, significa Ponto de Vista.

0 comentários:

Postar um comentário