“A Máscara da Morte Rubra” retrata uma alegoria sobre a
inevitabilidade da morte. A história começa quando o Príncipe Próspero, ao ver
seu país devastado pela peste da Morte Rubra, decide reunir seus amigos sadios
e jovens; Damas e cavalheiros, mil pessoas ao todo. Juntos, partem para um
período indefinido de reclusão numa das abadias fortificadas, pertencente ao príncipe,
até que a peste do lado de fora do castelo estivesse terminada. Dentro dos
domínios de Próspero nada faltava, reinava a riqueza, a diversão, a beleza e
luxo.
Alguns meses depois, enquanto a peste devorava, com
fúria alucinada, o que restava do seu povo, o príncipe ofereceu a seus mil
amigos um luxuoso baile de máscaras. Ali, dentro do refúgio, seria realizada a
festa, ocupando os sete salões estranhamente decorados, com uma cor específica
cada um deles. As sete salas criavam um ambiente bastante diverso, com janelas
dispunham de vitrais coloridos, de acordo com a cor do aposento. As salas e
suas respectivas cores eram as seguintes: azul, púrpura, verde, laranja, branco,
roxo e preto. Este último tinha os vitrais vermelhos e um enorme relógio de
ébano, cujo som ao soar das horas invadia os corações dos presentes. A cada
hora completa, o relógio e suas badaladas provocavam perturbações e angústia,
que logo eram trocados por risos e pelo reinicio da folia com a música.
Quando o relógio do salão negro soou meia-noite, surgiu
uma figura entre os convidados, que até então não havia sido notada. Alguém
estranho, mascarado, com trajes que excediam os limites de decência e arrojo
das criações do próprio príncipe. A figura que a todos aterrorizavam era alto,
lívido e coberto de mortalhas tumulares. No rosto, a máscara reproduzia a
aparência de um cadáver enrijecido. Quem seria? O que estava fazendo ali?
Um aspecto importante do conto é o nome do príncipe:
Próspero; que além de passar ao leitor a imagem de riqueza, serve ainda de
contraste com as condições miseráveis do reino pela outra personagem, a Morte
Rubra. Com isso, podemos ver dois mundos antagônicos, ambos criados pelos
personagens principais.
Edgar Allan Poe, mas uma vez nos conta uma historia regada
de tensão e mistério, que é impossível não deixar o leitor com um suspense até
o encerramento do conto.
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